25 de set. de 2011

VIVA O CAMELÔ

É lamentável a forma como determinados eventos abusam de seus freqüentadores. Na verdade, quase todos. O Rio de Janeiro vive um período de enorme exposição internacional. Certamente, o palco da final da Copa do Mundo de 2014 e Cidade Sede das Olimpíadas 2016. Possui o carnaval mais famoso do mundo. Fora seus muitos outros conhecidos atrativos turísticos.
A cidade tem recebido muitos shows internacionais também. U2, Madona, Paul McCartney, entre outros. O evento do momento na cidade é o Rock in Rio. Mundialmente conhecido, dispensa nossos comentários. Realmente um evento de uma magnitude digna da cidade que o abriga.
Como todo colossal evento que acontece no Rio de Janeiro, na verdade acho que isso não se aplica só ao Rio, mas em todos os locais do Brasil, o preço de bebida e comida é totalmente abusivo. Esta questão não se abrange somente a grandes eventos. Hoje o custo para se beber e comer em algum evento é alto.
Vamos trabalhar com um exemplo simples: um jogo de futebol. Para darmos nome ao boi, vamos pegar como exemplo o Estádio Olímpico João Havelange, popularmente conhecido como “Engenhão”, situado no bairro do Engenho de Dentro, subúrbio do Rio de Janeiro. Normalmente os ingressos que variam de R$30,00 a R$60,00, dependendo do jogo. Como todo estádio, lá dentro é possível comprar refrigerante, biscoito, sorvete, suco, cachorro quente e cerveja sem álcool (existe no Rio de Janeiro uma lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios), entre outras coisas. Até então, tudo bem, mas o que realmente impressiona é o valor com que as mercadorias são vendidas. Para se ter uma idéia, um sorvete Mega, da Nestlé, sai nada mais nada menos do que R$10,00. Sim minhas senhoras e meus senhores, R$10,00. Este sorvete custa em torno de quatro reais e cinqüenta centavos em qualquer padaria. Caso a opção seja um maravilhoso cachorro quente vinculado a marca Bob’s, o valor pago será a bagatela de quatro reais. E o seu maravilhoso “hot dog” será apenas um pão e uma salsicha, nada mais.
Supondo, entretanto, que sua intenção é curtir o badalado Rock in Rio. Prepare o seu bolso, além do valor do ingresso, que é de R$190,00, se pagará muito caro para consumir bebidas e comestíveis. Para se ter uma noção, o preço da água varia de R$3,50 a R$5,00. Gosta de uma cervejinha? Desembolse R$7,00. Ficou fome? Os sanduiches variam de R$8,00 a R$29,00. Barato né?
Somos totalmente contra a esses preços abusivos. Deveria ser criada alguma lei que coibisse esse tipo de abuso.  Enquanto isso, os ambulantes, ao lado de fora, vendem mercadorias bem mais baratas. Esse exemplo deveria ser seguido pelos organizadores dos eventos. Aí vem um defensor e diz: “É, mas a diferença é que eles não pagam impostos, não tem despesas com funcionários, etc.”. Concordamos! Mas se o preço fosse atrativo, com certeza a venda seria muito mais abrangente e, consequentemente, lucrativo para a organização do evento, pois alcançaria a todos.
Viva o camelô!

2 comentários:

  1. Na fila de um show, o que seria de todos nós? A cerveja e a coca do camelô salvam vidas...

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